O Que São Países Semi-Periféricos?

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O que são países semi-periféricos?

As semiperiferia são as nações capitalistas industrializadoras localizadas entre os países centrais e periféricos. Esses países têm características organizacionais de periferia e países centrais, além de geograficamente estarem entre duas áreas centrais ou regiões periféricas e centrais. Essas regiões desempenham um papel significativo quando se trata de mediar as atividades sociais, políticas e econômicas que ligam os lugares centrais da periferia. Eles permitem a possibilidade de várias tecnologias inovadoras e domínio sobre a região da periferia, além de que as mudanças podem resultar na promoção de uma área semi-periférica para uma região central.

A análise dos sistemas mundiais define as regiões semi-periféricas como os elementos estruturais primários na economia do mundo. Atualmente, todas as áreas semi-periféricas são industrializadas e contribuem para a fabricação e exportação de diversas commodities. Essas nações são caracterizadas por extensas terras, como demonstrado pela Indonésia, México, Irã, Brasil, Índia, China e Argentina. Embora mais terra signifique um aumento de participação de mercado e tamanho, existem outras regiões semiperiféricas menores em tamanhos como Grécia, Polônia e Israel.

Esses países oferecem diversas oportunidades econômicas, mas a diferença entre os pobres e os ricos é bastante significativa. Anteriormente, os analistas de sistemas mundiais usavam duas categorias, o núcleo e as nações periféricas, mas isso resultou na necessidade de outra divisão entre as duas e, assim, a semi-periferia foi estabelecida. A terceira categoria foi para as regiões que se desenvolveram além do nível da periferia, mas ainda não são essenciais. Essas áreas ainda são dependentes e subdesenvolvidas, apesar de atingir níveis significativos de industrialização. Esses países estão ligados à teoria da dependência, que se concentra na dependência de regiões empobrecidas das áreas ricas.

Qual é a função do nível semi-periférico?

O nível semi-periférico desempenha um papel significativo quando se trata de estabilizar os sistemas mundiais, uma vez que facilita as interações e conexões entre os estados de alta renda para as nações de baixa renda, introduzindo um nível diferente na hierarquia dos sistemas mundiais. Essas terras já foram periféricas ou países centrais e avançaram na economia global. Estas regiões são elementos essenciais no sistema de comércio global, uma vez que aliviam a pressão que as regiões centrais exercem sobre as áreas periféricas e vice-versa. Essas nações podem se encontrar excluídas da política global, uma vez que estão fora da arena política da nação central.

Também conhecida como classe média, existe para dividir o poder econômico entre a periferia e as áreas centrais. Sem esses estados, a mudança não alcançará as nações em desenvolvimento. Quando se trata de industrialização, esses países são semi-industrializados. Portanto, eles são os principais exportadores de produtos agrícolas e minerais. Enquanto isso os separa das áreas periféricas, eles não têm o domínio ou poder econômico que as regiões centrais têm, além de terem pobreza não gerenciada que os coloca abaixo do núcleo.

Na atual hierarquia global, muitas nações estão em transição para baixo, enquanto outras estão subindo em relação à influência e ao status. As potências coloniais anteriores não estão exercendo controle sobre o domínio mundial; eles são relegados ao seu nível principal. Os novos líderes são nações não europeias e outros países semiperiferia são dominantes no âmbito social, político e econômico. Semi-periferia também pode ser descrita como semi-industrial ou semi-imperial.

Como um país pode mudar de periferia para semi-periferia?

De acordo com Immanuel Wallerstein, nações com valiosas fontes de energia como a Arábia Saudita e aquelas com espaço para expansão industrial e grandes mercados como o México e o Brasil podem utilizar a política de aproveitar a oportunidade. A promoção por convite pode ser usada por nações abertas a centros governamentais regionais e estrangeiros, que incluem numerosos capitalistas africanos como Nigéria, Egito e Quênia. Outra estratégia é o princípio da autossuficiência, que estipula que, à medida que algumas regiões declinam, outras crescerão de fato, algumas nações da América do Sul e da África têm qualidades de países subindustriais.