O Que É A Lei Da Sharia?

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Sharia

A lei da Sharia é uma parte fundamental das tradições islâmicas, representando a lei religiosa principalmente extraída do Alcorão e do Hadith. Além do Alcorão e Hadith, a lei da Sharia tem outras fontes, como raciocínio analógico e consenso. Várias escolas foram estabelecidas para o estudo e interpretação das leis da Sharia. A lei abrange conceitos abstratos que guiam as relações com Deus. Interpretações clássicas e históricas e as regras contemporâneas que são observadas na sociedade moderna também são estudadas.

Origem e Desenvolvimento

A origem da lei da Sharia está ligada ao desenvolvimento da fé islâmica durante o período do profeta Maomé. A lei da Sharia foi estabelecida pelos seguidores do Profeta Mohamed, que transmitiu os atos do profeta através de gerações como Hadith. Como gerações de adeptos do Islã foram ensinados sobre a conduta de Mohamed, eles procuraram imitá-lo e desenvolveram um código de conduta que também foi moldado por preceitos religiosos no Alcorão. Embora existam várias teorias que explicam a origem da lei da Sharia, todas estão em consenso de que as ações do profeta Maomé, juntamente com os conceitos religiosos e éticos do Islã, desempenharam um papel significativo no desenvolvimento da lei da Sharia. A lei da Sharia continuou a formar uma parte central da cultura islâmica com modificações em alguns conceitos. Tradicionalistas e reformistas islâmicos tiveram disputas sobre a interpretação e aplicação das leis da Sharia. Os reformistas têm garantido o alinhamento das leis da sharia com os modelos europeus, algo que foi rejeitado pelos tradicionalistas.

Cultura significante

A cultura islâmica está profundamente entrelaçada com a lei da Sharia, que orienta os rituais e as relações sociais. A lei da Sharia tem cinco categorias amplas: ações obrigatórias, permitidas, repreensíveis, recomendadas e proibidas. Ações permitidas e recomendadas atraem recompensas na vida após a morte, atos repreensíveis não são pecados, mas geralmente devem ser evitados, e a falha em realizar um ato obrigatório ou realizar um ato proibido é considerada punível. Sendo uma parte central da cultura islâmica, algumas nações como a Arábia Saudita e a Indonésia aplicaram as leis por meio de métodos como o uso de policiais religiosos. Os estrangeiros que visitam esses estados islâmicos, como a Arábia Saudita, estão sujeitos às leis e práticas da Sharia.

Relação com o Direito Internacional

Com a disseminação mundial do Islã, a lei Sharia foi comparada ao direito internacional e é reconhecida por organismos internacionais. A maioria dos países islâmicos adota as leis da Sharia como parte da lei. Aqueles com um número minoritário de muçulmanos incorporam certos aspectos da Sharia em suas leis, por exemplo, através do estabelecimento de tribunais de Kadhi. Organismos internacionais e grupos de direitos humanos levantaram a questão da observância dos direitos humanos na lei Sharia. Enquanto a maioria dos países do mundo trata igualmente mulheres e homens, a lei da Sharia explicitamente fortalece mais os homens do que as mulheres. A maioria dos países que usa a lei Sharia incorporou o uso da Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas a sujeita à lei Sharia, levantando controvérsias com grupos de direitos humanos.

Suporte e Oposição

A recepção da Sharia tem sido variante em todo o mundo. A maioria dos adeptos muçulmanos apóia o uso da Sharia como lei oficial, especialmente para resolver disputas familiares e de propriedade. Muitos se opõem ao uso de punições severas, como espancamentos e corte de mãos. Outros acreditam que punições mais severas deveriam ser introduzidas. No entanto, vários grupos se opuseram à instituição e ao reconhecimento da Sharia, citando sua incompatibilidade com a democracia. Outros citaram o uso da lei da Sharia por extremistas para apoiar atividades terroristas, uma questão que levou a disputas entre vários grupos islâmicos e não-islâmicos.