Qual É A Tragédia Dos Comuns?

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Tragédia dos Comuns

William Forster Lloyd desenvolveu o conceito da tragédia dos comuns em seu ensaio 1833. A tragédia dos comuns refere-se à teoria econômica que descreve um sistema de recursos compartilhados em que os indivíduos agem de acordo com seus interesses pessoais, em vez de trabalhar em prol de um interesse mútuo. Em tal situação, os recursos compartilhados (commons) tornam-se excessivamente utilizados, levando ao seu colapso. Nos tempos modernos, o conceito ficou famoso depois que um artigo foi escrito por um ecologista Garret Hardin no 1968. Os recursos compartilhados definidos na tragédia dos comuns incluem a atmosfera, os recursos hídricos e o maquinário.

Aplicação prática

A tragédia dos comuns é aplicada em muitas situações, particularmente em relação ao desenvolvimento sustentável e ao uso criterioso de recursos compartilhados. Discussões envolvendo o aquecimento global, mudanças climáticas e proteção ambiental usam o conceito para analisar os efeitos e a contribuição do comportamento humano egoísta com a deterioração dos recursos naturais. O princípio também é aplicado na análise de comportamentos e tendências nos campos da psicologia, sociologia, política, antropologia e tributação. No desenvolvimento sustentável, os proponentes sugerem que a teoria pode ser usada como uma medida auto-reguladora, onde cada parte interessada está ciente das conseqüências da superexploração.

O dilema do comum

O dilema do commons é uma situação social em que os resultados a longo prazo do uso de recursos comuns entram em conflito com os interesses egoístas de curto prazo dos indivíduos. Muitos fatores influenciam o dilema comum, como elementos psicológicos, estratégicos e estruturais. O dilema do pesquisador sobre o commons considera esses fatores ao examinar o uso ou o desuso de recursos comuns. Depois, eles tiram conclusões e recomendam soluções para os problemas decorrentes da utilização dos bens comuns.

Críticas

Alguns cientistas criticam a teoria da tragédia dos bens comuns como meio de propagação da propriedade privada. Hardin argumentou que um indivíduo racional, diante do dilema dos bens comuns, tentará aumentar seus ativos. Segundo os críticos, as pessoas racionais primeiro analisarão os prós e os contras de suas ações sobre os efeitos a longo prazo, em vez dos efeitos de curto prazo antes de tomar decisões.

Soluções para a tragédia dos comuns

Em sua descrição, Hardin explica que, enquanto utiliza recursos comuns, cada usuário tenta maximizar seu próprio ganho positivo. Todas essas pequenas porcentagens individuais somam resultados negativos. Como a liberdade existe no commons, a privatização foi recomendada como a única maneira de responsabilizar cada pessoa pelas conseqüências de suas ações. A regulamentação governamental sobre o uso de recursos comuns, como a pesca, também é recomendada como uma solução prática para a tragédia dos bens comuns. Outra solução sugerida é a cooperação entre usuários dos bens comuns sobre como usar os recursos disponíveis através de restrições coletivas.

Exemplos Relevantes

Um acontecimento real que envolve o colapso dos bens comuns devido à exploração excessiva inclui a queda dos Grand Banks Fisheries of Newfoundland devido ao declínio do número de bacalhaus. A extinção do atum-rabilho nos mares Negro e Cáspio apesar das medidas de regulamentação é um exemplo da tragédia dos comuns. O aquecimento global, a zona morta ao longo do Mississipi, no Golfo do México, o congestionamento do tráfego, o crescimento populacional e a exploração madeireira não regulamentada também são exemplos.