Os micos-leões são um grupo de quatro espécies de macacos do mundo novo, endêmicas das florestas tropicais brasileiras localizadas no lado leste do país. As quatro espécies incluem o mico-leão-dourado, o mico-leão-de-cara-dourada, o mico-leão-preto e o mico-leão-superagui. Os micos-leões são facilmente reconhecidos pela sua pele, que se assemelha à juba de um leão, daí o seu nome. Sua pele é dourada, preta ou uma combinação de ambas. Os micos-leões são animais arborícolas e diurnos. Os micos-leões enfrentam constantes ameaças em seu habitat devido ao tamanho reduzido das florestas tropicais, tornando a maioria dessas espécies ameaçadas ou criticamente em perigo. Os micos-leões são animais sociais que vivem em grupos familiares de machos ou fêmeas dominantes e juvenis. Esses grupos consistem principalmente em pares reprodutores (existentes em uma relação poliândrica, monogâmica e às vezes poligâmica) e seus descendentes. Tanto machos quanto fêmeas dentro do grupo participam da criação de seus filhotes. Devido aos seus extensos hábitos de forrageamento, os micos-leões têm um papel crucial na dispersão das sementes das plantas que eles alimentam. Os micos-leões são onívoros alimentando-se de plantas, bem como de animais como insetos, cobras, caracóis, lagartos e sapos. Seus hábitos alimentares podem diferir ligeiramente de uma espécie para outra. Durante a noite, os micos-leões dormem principalmente em buracos de árvores. Eles podem marcar seus furos de árvores com perfume, tornando mais fácil localizá-los quando ameaçados. No entanto, este perfume também os expõe a predadores.
Algumas das ameaças que os micos-leões enfrentam incluem a perda de habitat por meio do desmatamento, atividades agrícolas, urbanização, predação e caça ilegal. Na tentativa de aumentar suas populações e proteger as existentes, o governo brasileiro iniciou medidas de conservação, como a introdução de áreas de proteção como reservas, a reintrodução de espécies em seus habitats originais, a conscientização pública, a introdução de programas educacionais e a translocação. A translocação envolve a remoção de micos de pequenos habitats inseguros para áreas maiores e protegidas. Os micos-leões que vivem em pequenas áreas isoladas enfrentam um risco aumentado de declínio da população devido à endogamia que reduz a diversidade genética e, em última instância, a probabilidade de sobrevivência da prole.
4. Mico-leão-dourado
O mico-leão-dourado é assim chamado pela cor dourada da pele do seu corpo. O mico-leão-dourado é uma espécie em extinção, com uma pequena população de indivíduos 490 na área protegida e cerca de 3000 na natureza. O mico-leão-dourado médio, macho ou fêmea, tem um comprimento de 10.3 polegadas e pesa cerca de 1.37lb. A espécie é distribuída nas florestas tropicais principalmente para o sudeste em reservas biológicas e em terras privadas. O mico-leão-dourado passa a maior parte do seu dia forrageando por cerca de 12 horas, às vezes forrageando por períodos mais curtos, dependendo do clima predominante. Durante os dias mais quentes, o mico dourado busca por tempos mais curtos e por mais tempo nos dias mais secos. O mico-dourado é onívoro alimentando-se de frutos, insetos, flores, troncos podres, folhiço, coroas de palmeiras, ovos de pássaros e pequenos vertebrados. Os micos-dourados vivem em grupos familiares de dois a três adultos e juvenis. A reprodução entre esta espécie depende da disponibilidade de chuva com o acasalamento em seu pico no final da estação chuvosa.
3. Mico-leão-de-cabeça-dourada
O mico-leão-de-cara-dourada é uma espécie ameaçada de extinção do mico-leão que habita florestas maduras das florestas tropicais de várzea e pré-habitat da Bahia. O mico-leão-de-cara-dourada tem pêlo dourado nos braços, cauda e pernas do rosto, enquanto o resto do corpo está coberto de pelo preto. Esta espécie é onívora alimentando-se de flores, frutas, néctar, plantas, sapos, caracóis, lagartos, aranhas e outros pequenos invertebrados. Devido a sua ampla variedade de dieta, o mico-leão-de-cara-dourada não se aventura muito fora de sua área de vida. No entanto, quando um grupo se encontra com outro, a agressão é comum. A redução de babitat contribuiu grandemente para o declínio do mico-leão-de-cara-dourada, representando uma enorme ameaça de extinção para a espécie.
2. Mico-leão-preto
O mico-leão-preto ou o mico-dourado-rumped é uma espécie em extinção endêmica no estado de São Paulo, Brasil. A espécie, anteriormente considerada extinta, foi redescoberta em 1970 e é uma das mais raras novas espécies de macacos do mundo. A espécie possui um alcance geográfico limitado, pois é encontrada quase exclusivamente no Parque Estadual do Morro do Diabo. Este mico-leão mostra variações sazonais nas preferências alimentares, dependendo do habitat atual. As preferências de alimentação também mudam de dia para dia ou mesmo de mês. Em média, o mico-preto passa a maior parte do tempo em busca de insetos, chicletes de árvores e frutas. Como as outras espécies de mico-leão, o mico-preto vive em grupos sociais de adultos e juvenis. Nesses grupos, todos os membros participam da criação do bebê por meio do compartilhamento de alimentos. O mico-leão-preto enfrenta o maior risco entre todas as espécies de micos-leões devido à sua limitada perda e deterioração do habitat distribuído, bem como áreas de caça e desprotegidas.
1. Mico-Leão-Superagui
O mico-leão-superagui é também conhecido como o mico-leão-da-cara-preta. A espécie é uma espécie criticamente ameaçada encontrada nas florestas costeiras brasileiras na região sudeste do país. O mico-leão-da-cara-preta tem um casaco de pele preto na cabeça, na cauda e nas pernas, enquanto o resto do corpo está coberto de pêlo laranja-dourado. A dieta do mico-de-cara-preta consiste em insetos, frutas, néctar, aranhas, caracol e cogumelos (especialmente durante a estação seca). Como todos os outros micos-leões, o mico-leão-superagui vive em grupos familiares com uma fêmea reprodutora por estação. A estação de reprodução é principalmente entre setembro e março, principalmente com nascimentos de gêmeos por fêmea. O comércio ilegal de animais de estimação, a caça, a perda de habitat e a fragmentação são as principais causas do declínio do número de espécies.