O que é agnosticismo?
As pessoas que seguem o agnosticismo são chamadas de agnósticos. O agnosticismo não é exatamente uma religião, mas mais como um conjunto de crenças em torno do conhecimento absoluto de que um deus ou ser supremo realmente existe. A premissa do agnosticismo é que os humanos não têm conhecimento suficiente do mundo, do universo ou do sobrenatural para reivindicar a existência definida ou a inexistência de um ser supremo. O agnosticismo lida principalmente com conhecimento e evidência, e não com crenças.
As crenças agnósticas datam do século X aC, quando filósofos da Grécia e da índia começaram a questionar a história da origem humana, a existência dos deuses e a idéia de uma vida após a morte. Apesar dessa longa história, o termo agnóstico não foi criado até o final do século 5. Essa palavra, em sua definição literal, significa “sem conhecimento”. Essa ideologia está enraizada na crença científica de que a evidência é necessária para que o conhecimento verdadeiro seja obtido.
Agnosticismo e o método científico
A abordagem agnóstica para entender a vida, a morte e o que acontece depois é de natureza muito científica. Primeiro começa com a dúvida básica. Em outras palavras, todas as reivindicações devem primeiro ser questionadas e não acreditadas. Esta etapa é seguida pelo estabelecimento de uma sólida compreensão da linguagem usada para descrever a situação em questão. Em outras palavras, uma definição adequada de termos específicos deve ser estabelecida. Em seguida, a situação deve ser analisada de forma não tendenciosa, o que significa que todas as possibilidades devem ser consideradas sem preferência dada a um determinado resultado. A situação em questão deve ser examinada de todos os pontos de vista, a fim de reunir tantas verdades quanto possível. Uma decisão ou reclamação instruída só pode ser alcançada quando todas as informações possíveis forem coletadas.
Para um agnóstico, sugerir a existência de um poder superior ou vida após a morte é como ter uma hipótese sem um método para testar a teoria. Esta falta de evidência significa que o método científico não pode ser usado para provar ou refutar a hipótese. A verdade por trás da hipótese de que deus existe permanecerá sem solução. Alguns filósofos se referiram ao agnosticismo como uma maneira de fazer questionamentos céticos sobre o conhecimento humano de tópicos espirituais. Ainda assim, outros filósofos sugeriram que a natureza imperfeita dos seres humanos significa que nenhuma alegação pode ser feita com a certeza absoluta que as religiões fazem de Deus e da vida após a morte.
Agnosticismo e Realidade
Vários filósofos tentaram descrever como a relação humana com a realidade sustenta as crenças agnósticas. Um desses filósofos, Immanuel Kant, afirmou que os humanos obtêm conhecimento através da percepção sensorial de experiências pessoais. Humanos, no entanto, não compartilham exatamente a mesma percepção da realidade. A realidade só pode ser entendida em um nível individual, pois uma pessoa nunca poderia entender a vida como outra pessoa a experimentou. Porque cada pessoa tem uma realidade pessoal diferente, a compreensão humana das divindades sobrenaturais é impossível, pois essas divindades seriam uma coisa diferente para cada pessoa.
Agnosticismo e Religião
Dado que o agnosticismo está enraizado no conhecimento real, e não na crença, ter pensamentos ou crenças agnósticas pode ser possível enquanto pertencemos a uma determinada religião organizada. Só porque uma pessoa agnóstica admite não saber se a existência de Deus é real, não significa que a mesma pessoa agnóstica não possa acreditar em um ser sobrenatural. Nesse caso, crença e conhecimento não são necessariamente mutuamente exclusivos e podem, portanto, existir juntos. Além disso, em uma religião que requer fé (não crença), a crença agnóstica é quase um requisito. Isso ocorre porque a fé exige que o detentor da fé confesse a falta de conhecimento. Em outras palavras, a pessoa religiosa não precisa saber que algo é verdadeiro para ter fé. Nessas religiões baseadas na fé, reconhecer que a verdade é impossível de se obter está diretamente alinhado com a crença agnóstica.
Agnosticismo e vida após a morte
A maioria das religiões organizadas tenta oferecer uma explicação sobre o que acontece depois que uma pessoa morre. Essa explicação geralmente envolve algum tipo de vida após a morte, em que a alma humana é recompensada ou punida por como escolheu viver. Outras crenças da vida após a morte incluem: reencarnação, nada, retornar à vida no mesmo corpo, unir-se a outro tipo de vida após a morte que não é nem uma recompensa nem uma punição.
De acordo com o método científico, como usado por um agnóstico, nem todas essas possibilidades podem ser verdadeiras. Portanto, a maioria (se não todas) deve ser falsa. De fato, a ideia de que os humanos têm uma alma ou que a alma continua existindo por um longo período de tempo é ilógica no raciocínio agnóstico.
Tipos de agnosticismo
O agnosticismo pode ser dividido em três tipos básicos: forte, fraco e apático.
O forte agnosticismo, também conhecido como fechado ou estrito, é a ideia de que os humanos nunca chegarão a saber se Deus, ou alguma outra divindade todo-poderosa, realmente existe. Esta incapacidade de saber se fundamentada na ideia de que a experiência humana é um evento muito pessoal. Isso significa que o que uma pessoa experimenta ou honorários em uma situação particular pode não ser o que outra pessoa sente na mesma situação. Por causa dessas diferenças, a ideia de Deus não pode ser acordada; portanto, a existência de Deus é impossível de confirmar.
O agnosticismo fraco, também conhecido como aberto ou empírico, é a ideia de que os humanos não têm informação suficiente neste momento para averiguar a existência de uma divindade. Esse tipo de agnosticismo deixa aberta a possibilidade de descobrir evidências científicas de deus no futuro. Por causa dessa falta de evidência e conhecimento, o agnosticismo fraco não pode negar nem confirmar a existência de deus.
O agnosticismo apático toma a posição de que a existência ou não existência de um ser supremo é de pouca ou nenhuma conseqüência nas vidas dos humanos. Um agnóstico apático questiona a importância dos deuses, alegando que, se eles existem, eles fizeram pouco para influenciar a vida dos humanos até agora.
Crítica das Crenças Agnósticas
O agnosticismo vem sendo criticado por vários indivíduos e grupos. É criticado porque coloca muita importância no conhecimento material e na prova. Os críticos também afirmam que esse sistema de crenças não pode ser aplicado à vida cotidiana porque os seres humanos só podem viver sob um dos dois absolutos: deus existe ou deus não existe.