Qual Foi A Inquisição Espanhola?

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Introdução

A Inquisição Espanhola foi a inquisição na Espanha que foi administrada pelo Estado para manter a fidelidade judaica e muçulmana à ortodoxia católica no século 15. Os monarcas católicos Ferdinand II e Isabella I, que eram de Aragão e Castela, respectivamente, estabeleceram a inquisição no 1478. Originalmente, a inquisição era para garantir a plena adesão ao catolicismo pela conversão forçada de pessoas que praticavam o judaísmo e o islamismo (chamados "conversos"). Essa popa foi intensificada entre 1492 e 1502 quando muçulmanos e judeus foram forçados a se converter ou deixar a Espanha.

Eventos durante a Inquisição

A inquisição começou quando um frade dominicano conhecido como Fray Alonso de Ojeda convenceu a então rainha que conversos praticavam o judaísmo secretamente. Fernando e Isabel pediram ao Papa Sisto IV para estabelecer uma inquisição da qual o papa queria que os inquisidores fossem padres que tinham quarenta anos de idade, mas Fernando nomeou um dos governantes do monarca. A abordagem do papa foi mais moderada que a de Fernando. A inquisição começou com a repressão dos conversos e a expulsão dos judeus. Os conversos não deveriam praticar o judaísmo do qual já haviam desistido. Os inquisidores viram então que assegurar os conversos por si só não era suficiente e recorreu à expulsão daqueles que se recusaram a conformar-se à ortodoxia. Conversos foram julgados e perseguidos.

A inquisição também incluiu a supressão dos mouriscos que eram os convertidos do islamismo que secretamente praticavam sua religião. Em 1502, os muçulmanos foram forçados a mudar para o cristianismo ou então foram expulsos. Vários muçulmanos foram batizados à força no 1526. Os mouriscos, no entanto, não recebiam severa perseguição como no caso dos conversos, já que era difícil identificar os convertidos recaídos, pois guardavam sua privacidade, tornando difícil provar suspeitas contra eles. Houve poucos casos de inquisição sobre os protestantes, já que seu número era pequeno na Espanha. A punição dos casos denunciados foi julgamentos e prisão.

Censura e a Supressão de Outros Grupos

Para evitar a disseminação de idéias diferentes, os inquisidores introduziram índices de livros proibidos. A inquisição reimprimiu alguns livros, incluindo textos religiosos espanhóis. Esses livros impressos foram dedicados principalmente ao trabalho espiritual e à tradução vernacular da Bíblia. Outros grupos que sofreram supressão incluem: Feitiçaria de que a Inquisição considerava superstição, mas ainda podia perseguir as pessoas que a praticavam. A blasfêmia era uma ofensa verbal cujos sentimentos comprometiam a moralidade sexual, o mau comportamento do clero e comentários a respeito de crenças religiosas, bigamia que envolvia restrições ao divórcio e só permitiam isso sob circunstâncias inevitáveis, os infratores eram punidos e possivelmente mortos. A inquisição também proibiu a sodomia e a maçonaria, e qualquer pessoa encontrada fazendo o vício foi punida e talvez perseguida.

Conclusão

A história e a literatura moderna frequentemente citam a Inquisição Espanhola como uma ilustração da repressão e da intolerância católicas. No entanto, alguns dos historiadores modernos denominaram os eventos como exagerados pelas ondas anti-católicas do século 19.