Efeito Orográfico
A precipitação orográfica, seja a queda de neve ou a chuva, é o resultado do Efeito Orográfico ou o que se segue quando o fluxo de ar entra em contato com um declive ascendente e viaja por terras altas. Quando o fluxo de ar é interrompido por uma colina ou montanha e é forçado a subir, pode causar perturbações no sistema meteorológico. Conforme o sistema climático se move ao longo de uma montanha, ocorrem mudanças de temperatura e pressão. Uma colina ou montanha é aquecida pelo sol, que por sua vez aquece o ar que flui logo acima dela. Isso é chamado de anabático vento, e quando ele sobe acima do topo da crista é mais quente que o ar ao redor e sobe através da convecção. À medida que esse ar quente sobe por cima, ele gradualmente se expande e esfria até se condensar em vapor de água e formar nuvens cumulus. Estes então produzem chuva e até trovoadas.
Sombra Chuva
A precipitação normalmente cai nos lados superior e a barlavento da montanha (o lado onde o ar subiu). Quando o ar desce no lado oposto, ou no lado a sotavento, perdeu a maior parte de sua umidade devido à chuva. O ar descendente também fica mais quente à medida que volta a entrar em contato com o calor da troposfera, que absorve a umidade restante e cria uma região seca chamada sombra da chuva. Em partes do mundo com ventos sazonais consistentes, um clima mais úmido prevalece em regiões ao longo do lado de barlavento de uma montanha ou cordilheira. As áreas ao redor do lado de sotavento são relativamente mais secas, pois a precipitação orográfica remove toda a umidade da sombra da chuva.
Efeito na meteorologia
Precipitação influenciada pelo terreno é um fator importante pelo qual os meteorologistas prevêem o clima local. Orografia, ou terreno elevado, desempenha um papel vital no tipo, intensidade e duração da precipitação. Estudos mostraram que a largura da barreira terrestre, a inclinação do declive e a velocidade em que o ar viaja para cima definem a quantidade e a intensidade da precipitação orográfica. Simulações por computador demonstraram que lados estreitos e declives mais íngremes produzem correntes ascendentes mais fortes, resultando em velocidades verticais mais fortes, que por sua vez aumentam a quantidade da precipitação.
Locais Notáveis de Ocorrência
Alguns lugares do mundo são bem conhecidos por suas precipitações orográficas. Chuvas de montanha são comuns em ilhas oceânicas como o Havaí e a Nova Zelândia. Nesses locais, grande parte das chuvas predominantes está nos lados de barlavento e as regiões opostas permanecem comparativamente secas, às vezes quase desérticas. Esse fenômeno resulta em disparidades substanciais na precipitação. As áreas costeiras recebem significativamente menos chuvas (20 a 30 polegadas ou 510 a 760 mm) por ano do que as planícies interiores, que recebem mais de 100 polegadas (2,500 mm) por ano. As costas de Leeward são particularmente secas. Por exemplo, no Havaí, Waikiki recebe menos de 20 polegadas (510 milímetros) de precipitação anual, enquanto regiões altas como Wai'ale'ale em Kaua'i são extremamente úmidas, recebendo 475 polegadas ou 12,100 milímetros. Outra região que se distingue pela precipitação orográfica é a cadeia de montanhas Pennine, no norte da Inglaterra. Manchester, a oeste dos Pennines, recebe mais chuva do que Leeds, a leste, que recebe menos devido a uma sombra de chuva de 12 milhas das montanhas.